Homem é resgatado em condição análoga à escravidão em Nova Iguaçu

O homem de 51 anos que foi resgatado de situação análoga à escravidão em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, contou que aceitou trabalhar na criação de porcos no terreno em Austin porque não tinha trabalho, nem onde morar.

“Era ruim mesmo. Não tinha nem banheiro. Era terrível”, disse o homem, que preferiu não se identificar.

Ele relatou que comia a mesma lavagem que era oferecida aos porcos dos quais cuidava.

“Na verdade, eu comia quando ele trazia lá do mercado lá umas coisas que estavam sem validade, essas coisas assim. Aí onde eu comia também. Ele dizia que era pros bichos, era pra eu cozinhar pros bichos. Mas como vinha pão, essas coisas, separava também”, contou a vítima.

A vítima contou que trabalhava como pedreiro, mas passou por um problema de saúde e ficou sem trabalhar, sendo obrigado a morar na rua.
Já nesta época, conheceu Alberique Corrêa, de 52 anos, que nesta segunda-feira (27) foi preso por mantê-lo em condições análogas à escravidão.

Quando ficou sem ter onde morar, há dois anos, o homem recebeu uma oferta de Alberique.

“Ele perguntou se eu não queria ficar ali naquele barraquinho ali, porque pelo menos no frio, no vento eu não iria ficar, entendeu? E eu aceitei, até porque eu não tinha como não aceitar. Porque eu não teria pra onde ir”, disse ele.

A secretaria de Assistência Social da prefeitura de Nova Iguaçu informou que está amparando a vítima e oferecendo a rede pública de assistência para garantir seus direitos.

A secretaria afirmou ainda que busca parentes do pedreiro, que agora deseja recomeçar a vida com dignidade, longe da exploração.

Situação encontrada pelos guardas ambientais: insalubre para humanos e animais — Foto: Divulgação

G1

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