Nomes no Brasil: Rio, um estado de Marias, Josés e Silvas

O Estado do Rio de Janeiro já conhece os nomes mais comuns de seus moradores: entre as mulheres, Maria; entre os homens, José. Já o sobrenome mais utilizado é Silva, 15 a cada 100 pessoas utilizam ele. As informações foram divulgadas hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio do site Nomes no Brasil com o levantamento de nomes mais frequentes no País, atualizados pelo Censo Demográfico 2022. Apesar de pouco expressivos, após 2010, nomes como Enzo, Davi, Miguel, Heitor e Gael começaram a ser mais adotados. A consulta por nome pode ser feita no site https://censo2022.ibge.gov.br/nomes.

No ranking geral do Estado estão nas primeiras colocações: Maria (4,64%), Ana (2,16%), José (1,57%), João (1,48%) e Carlos (1,07%). Já nos sobrenomes, Silva aparece em primeiro para 2,5 milhões de pessoas (15,67%). Logo em seguida estão: Santos com 1,3 milhão, Oliveira (925 mil), Souza (864 mil), Ferreira (466 mil).

Por sexo, cerca de 741 mil mulheres se chamam Maria e 250 mil homens, José. Para elas, aparecem ainda no top 10: Ana (345 mil), Márcia (66 mil), Júlia (62 mil), Juliana (58 mil), Adriana (53 mil), Fernanda (52,4 mil), Patrícia (52 mil), Cláudia (49,3 mil) e Mariana (49 mil). Para eles, João (236 mil), Carlos (171 mil), Luiz (141 mil), Paulo (136 mil), Pedro (130 mil), Antônio (115 mil), Gabriel (112,4 mil), Lucas (112,2 mil) e Marcos (102 mil).

No Estado, entre 2010 e 2019, começam a aparecer no ranking dos dez primeiros nomes como Miguel (idade média de 9 anos), Davi (idade média de 9 anos), Arthur (idade média 8 anos) e Enzo (idade média 6 anos). Já a partir de 2020 aparecem: Heitor (idade média de 4 anos) e Gael (idade média de 1 ano).

Em Miracema e Laje do Muriaé, a cada 100 pessoas, sete são Marias. Já em Carmo, Bom Jardim, Duas Barras, Porciúncula, Natividade, Cambuci, Santo Antônio de Pádua, Sapucaia, Areal, Rio Claro, Quatis, Valença e Rio das Flores, esse é o nome de 6 a cada 100 habitantes.

Contrariando o primeiro lugar do Estado com o nome José, em alguns municípios o principal nome masculino é João. Entre elas estão: Casimiro de Abreu, Cabo Frio, Silva Jardim, Macaé, Carapebus, São Francisco do Itabapoana, São João de Meriti, Niterói, Petrópolis, Maricá, Rio Bonito, Rio das Ostras e Cachoeira de Macacu.

O site organiza as informações por gênero, período de nascimento da pessoa e letra inicial. Rankings de nomes e sobrenomes também podem ser gerados de acordo com o local selecionado pelo usuário: Brasil, unidades da federação ou municípios. Ao clicar em cada nome registrado, é possível saber o número total de pessoas registradas e a concentração de registros por localidade, além de uma linha do tempo mostrando a frequência de registros por década. O IBGE também oferece o cálculo da idade mediana para cada um dos nomes próprios. Ao mesmo tempo, é possível navegar pelo mapa e descobrir os nomes e sobrenomes mais comuns nos respectivos países.

O novo site também conta com uma aba dedicada a fatos e curiosidades sobre o estudo dos nomes próprios, a Onomástica, em que o usuário pode explorar diversos aspectos que ressaltam a dinâmica cultural refletida em nomes e sobrenomes, assim como compreender melhor o que o sistema de nomeação e os nomes utilizados podem revelar sobre uma sociedade, especialmente quando analisados ou comparados ao longo do tempo e espaços territoriais.

O projeto Nomes no Brasil tem por base as listas de moradores dos domicílios em 1º de agosto de 2022, data de referência do Censo 2022. Foram registrados, em dois campos distintos, o nome e o sobrenome completo de todos os moradores do domicílio informados pelo entrevistado na data de referência. Ressalta-se que, para fins de divulgação, do campo ‘nome’ considerou-se apenas o primeiro nome informado e, para o campo ‘sobrenome’ foi feita uma frequência dos sobrenomes, não importando a ordem em que foram registrados.

Seção de Disseminação de Informações (SDI)

Superintendência Estadual do IBGE no Rio de Janeiro (SES/RJ)