Robôs criados por estudantes invadem a II Mostra Jovens na Robótica, em Nova Iguaçu
O futuro cada vez mais perto. Robôs que ganham vida, que percorrem percursos desafiadores, que lutam e que até disputam cabo de guerra foram apresentados na II Mostra Jovens na Robótica, da Coordenadoria Regional Metropolitana I, realizada na última sexta-feira (06/12), no Sesc de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Com foco na participação das escolas estaduais, o evento proporciona um espaço de troca de experiências, valorização das produções escolares e fortalecimento do vínculo entre a comunidade escolar e a tecnologia.
– É um momento muito especial para nossa rede, de muito orgulho. A robótica não utiliza somente as ciências exatas. Ela trabalha também essa capacidade de criação, toda essa questão cognitiva de atenção, de fazer, de acontecer, de dar certo. Esse cenário é muito mais do que um quadro futurista. Ele é inspirador. Estamos muito felizes, e parabenizo todos esses alunos maravilhosos – afirmou a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.
A Robótica Educacional passou a fazer parte do Projeto Raiz, da Regional Metropolitana I, desde 2022. Foi criado o grupo de escolas interessadas na Robótica, que tem por objetivo melhorar a aprendizagem nas escolas para que o aluno seja o agente de sua construção do conhecimento a partir das metodologias ativas e, consequentemente, dos resultados das unidades escolares de abrangência da Regional.
– A realização deste evento destaca a importância de incentivar a difusão da cultura científica, tecnológica, e apresentar grande potencial para o engajamento estudantil em atividades que promovam a inclusão digital e a preparação para os desafios do século 21. A continuidade do projeto, agora em sua segunda edição, reforça o compromisso com a construção de uma cultura educacional inovadora, alinhada às demandas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que preconiza o uso de tecnologias como elemento transversal no desenvolvimento das competências gerais – destacou a diretora pedagógica Maria Angélica Novaes.
Nova Iguaçu é um dos municípios que se destacam nessa área. Equipes de robótica de duas escolas estaduais da Baixada já são reconhecidas no cenário mundial, com diversas conquistas, inclusive no Roboworld Cup Fira 2024, realizado no Maranhão, em agosto deste ano. A Rex Tech, do Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes, foi a grande campeã do torneio Missão Impossível e também ficou em segundo lugar na disputa Cabo de Guerra, ambas até 14 anos. Já o Spartan Team, do Colégio Estadual Bernardino Mello Júnior, ficou com o terceiro lugar geral na competição Missão Impossível, para alunos até 19 anos.
– Ao integrar a robótica ao currículo, oferecemos aos estudantes a chance de explorar soluções inovadoras para problemas do mundo real, promovendo o protagonismo juvenil. Além disso, essas atividades ampliam os horizontes dos alunos, preparando-os para carreiras do futuro e despertando o interesse por áreas como engenharia, programação. Projetos como esses também ajudam a reduzir a desigualdade, proporcionando acesso a recursos e conhecimentos que, muitas vezes, são limitados nas escolas públicas – declarou Guilherme Machado, diretor do Colégio Bernardino Mello Júnior e um dos maiores incentivadores da robótica na rede estadual de ensino.
Todos estes aspectos mexem com os estudantes, que já estão cada vez mais integrados à prática das ações envolvendo o tema.
– A primeira Mostra de Robótica foi meu primeiro contato com outras equipes, e essa interação foi muito importante. Conversei com alunos de outras escolas que não faziam ideia do que era a robótica, e isso me fez perceber o quanto eu precisava aproveitar essa oportunidade que estava tendo. Hoje em dia, a sensação de pertencimento já está consolidada e espero poder contribuir – comentou Letícia de Oliveira da Silva, de 17 anos, aluna da 2ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes.
As aulas de robótica incentivam o trabalho em equipe, a cooperação, o planejamento, a pesquisa e a tomada de decisões, além de promover o diálogo e o respeito a diferentes opiniões. Também trabalham a interdisciplinaridade, com conceitos de diversas áreas, como linguagem, matemática, física, eletricidade, eletrônica, mecânica, arquitetura, ciências, história, geografia e artes. A robótica educacional desenvolve a criatividade dos alunos, o raciocínio e a lógica na construção de maquetes e de programas, e o trabalho desenvolvido na escola está colhendo frutos para o surgimento de novos programadores e desenvolvedores.
– Esse tipo de abordagem coloca os estudantes em posturas ativas durante as aulas, tornando-os protagonistas na criação do conhecimento. Quando métodos diferenciados são utilizados, aumenta a possibilidade de que mais estudantes se desenvolvam de formas diferentes – concluiu Maria Angélica Novaes.
Foto: Sandra Barros – Seeduc-RJ
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO