Com aumento superior a 100%, laranja assume quinto lugar no valor da produção do Estado do Rio

Apesar do tomate continuar como a cultura com maior valor de produção agrícola no Estado do Rio de Janeiro, a laranja registrou 105% de aumento no valor da produção nas comparações entre os anos de 2023 e 2024. O maior crescimento apurado, entre os cinco primeiros produtos da lista, foi impulsionado pelas variações nos valores deste item nas cidades de Porciúncula, Rio Bonito e Tanguá. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Produção Agrícola Municipal – PAM 2024, que abrange informações sobre 64 produtos da agricultura nacional. No Rio, houve um incremento de 14,7% no valor da produção e São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense, é a cidade que possui o maior valor estadual de produção, levando em conta todas as lavouras temporárias e permanentes.
De acordo com o levantamento da PAM, os cinco produtos com os maiores valores de produção no Estado são: tomate (R$ 460 milhões), café arábica em grão (R$ 381,8 milhões), cana-de-açúcar (R$ 321,7 milhões), abacaxi (R$ 283,6 milhões) e laranja (R$ 247,8 milhões). Este último registrou um aumento de 105%, em relação ao valor da produção do ano anterior. Os outros registram os seguintes crescimentos: café arábica (45%), abacaxi (35,2%) e cana-de-açúcar (15,9%). Por outro lado, o tomate apresentou uma queda de 9,1%.
Pela ordem, os dez municípios com os maiores valores de produção no cultivo da laranja no Estado são Tanguá, Araruama, Rio Bonito, Porciúncula, Silva Jardim, Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, São Gonçalo, Casimiro de Abreu e Natividade. Contudo, quatro deles apresentaram um aumento de mais de 100% no valor da produção desse item em relação ao ano anterior: Porciúncula (313%), Rio Bonito (235,4%), Tanguá (126,6%) e Natividade (111,9%). “O aumento no valor da produção da laranja se deve a alta no preço pago pelo produto no mercado. Aqui no Rio, a produção da laranja cresceu 14,7% e a área plantada para esta cultura em 8%”, disse o supervisor das Pesquisas Agropecuárias da Superintendência do IBGE no Rio de Janeiro (SES/RJ), Mauro Andreazzi.
TOMATE SEGUE NA LIDERANÇA
Mesmo com a queda de 9,1% no valor da produção, o tomate ainda segue isolado na primeira colocação estadual, impulsionado pelas cidades de Paty do Alferes, Sumidouro, Bom Jardim, Nova Friburgo, Cambuci, Paraíba do Sul, São Sebastião do Alto, Vassouras, São José do Ubá e São José do Vale do Rio Preto.
Entre estes dez primeiros municípios, apenas três registram aumento no valor da produção, em relação a 2023: Paty do Alferes (26,07%), Vassouras (12,47%) e Nova Friburgo (1,25%). Por outro lado, quatro cidades que estão fora das primeiras colocações também registraram crescimentos significativos no valor de produção. É o caso de Varre-Sai (215,3%), Teresópolis (175,2%), Miguel Pereira (150,4%) e Porciúncula (126,8%).
A PAM revelou ainda que Porciúncula, Varre-Sai e Bom Jardim são os três municípios do Estado com os maiores valores de produção no café arábica. Já quando a variável é a cana-de-açúcar se destacam: Campos dos Goytacazes, São Francisco do Itabapoana e Araruama. Já o abacaxi chega a quarta posição em valor de produção no Rio com a ajuda de municípios como São Francisco do Itabapoana, Campos dos Goytacazes e São João da Barra.
RANKING DAS CIDADES
O município com o maior valor de produção geral estadual, resultado das lavouras temporárias e permanentes pesquisadas, é São Francisco de Itabapoana (R$ 373,8 milhões) seguido por Campos dos Goytacazes (R$ 214,3 milhões), Porciúncula (R$ 163,4 milhões), Varre-Sai (R$ 150,3 milhões), Sumidouro (R$ 128,6 milhões), Araruama (R$ 124,1 milhões), Tanguá (R$ 122 milhões), Bom Jardim (R$ 118,4 milhões), Paty do Alferes (R$ 73,6 milhões) e Nova Friburgo (R$ 61,8 milhões).
Se for considerada a quantidade de área plantada ou destinada à colheita nas lavouras temporárias e permanentes pesquisadas, Campos fica em primeiro lugar com 31.765 hectares. Em seguida estão: São Francisco do Itabapoana (27.333 hectares), Varre-Sai (5.528 hectares), Araruama (5.337 hectares), Porciúncula (4.365 hectares), Cachoeiras de Macacu (2.043 hectares), Bom Jardim (1.900 hectares), Cabo Frio (1.791 hectares), Rio de Janeiro (1.780 hectares) e Silva Jardim (1.730 hectares).
BRASIL
No Brasil, a produção agrícola nacional em 2024 registrou uma queda no valor de produção, refletindo a diminuição de 7,5% na produção de grãos e a redução nos preços de culturas como milho e soja. O valor total das principais culturas atingiu R$ 783,2 bilhões, uma retração nominal de 3,9% em comparação com o ano anterior, marcando o segundo ano consecutivo de queda. Os principais produtos, em valor de produção, são a soja, a cana-de-açúcar, o milho (em grão), café (em grão) e o algodão herbáceo (em caroço).
A PESQUISA
A pesquisa é uma das principais fontes de estatísticas municipais, levantando informações sobre área plantada, área destinada à colheita, área colhida, quantidade produzida, rendimento médio obtido e valor de produção das culturas temporárias e permanentes investigadas, com informações relevantes para os planejamentos público e privado desse segmento econômico.
As tabelas, com os dados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Mesorregiões, Microrregiões e Municípios, podem ser acessadas pelo Sidra. As informações municipais para cada produto somente são prestadas a partir de um hectare de área ocupada com a cultura e uma tonelada de produção.

Seção de Disseminação de Informações (SDI)

Superintendência Estadual do IBGE no Rio de Janeiro (SES/RJ)

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