Deputado propõe incluir conteúdos de educação digital nas escolas como forma de prevenir crimes virtuais contra crianças e adolescentes

Um novo Projeto de Lei em trâmite na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) quer incluir, nas grades curriculares da rede estadual de ensino, conteúdos de educação digital e cidadania para prevenção de crimes virtuais contra crianças e adolescentes. O PL Nº 6092/2025, que dispõe sobre a iniciativa, é de autoria do deputado Renan Jordy (PL) e cria o “Programa Estadual Felca de Prevenção e Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na Internet”.

A iniciativa visa prevenir, reprimir e combater práticas de cyberpedofilia e outros crimes virtuais contra os jovens. O nome do Programa é uma homenagem ao influenciador digital Felipe Bressanim, o Felca, que denunciou e expôs publicamente casos de adultização de menores nas redes sociais.

O deputado Renan Jordy justifica que a medida pode ser “um instrumento permanente de combate à cyberpedofilia e de preservação da dignidade dos jovens”. Além da mudança na grade das escolas, o Programa terá como diretriz a promoção de campanhas educativas e preventivas, voltadas aos pais, responsáveis, educadores e à comunidade em geral, sobre riscos e medidas de segurança na internet.

A proposta também dispõe sobre a capacitação de profissionais da rede estadual de ensino, saúde, assistência social e segurança pública, para que casos suspeitos de exploração sexual virtual e práticas de cyberpedofilia sejam identificados e notificados. O deputado reitera que é dever de todas as pessoas, segundo estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente, “assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à dignidade, ao respeito e à liberdade de crianças e adolescentes, os protegendo de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, inclusive no ambiente virtual”.

O Projeto de Lei prevê que as despesas decorrentes da implantação do programa serão custeadas pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o FUNDEB, e pelo Fundo Estadual de Segurança Pública, o FUSPRJ. A proposta será analisada por seis Comissões da Alerj antes de ir para votação em Plenário.

Foto: Octacilio Barbosa/Alerj
Yasmin Calazans

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