Moradora de Itaperuna completa 120 anos e família busca título de pessoa mais velha do mundo no Guiness Book
Dona Deolira Glicério, moradora de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, completou 120 anos nesta segunda-feira (10). Com uma vida repleta de histórias, ela celebrou o aniversário ao lado da família, que agora busca incluí-la no Guiness Book como a pessoa mais idosa do mundo.
De acordo com os registros oficiais, Deolira nasceu em Porciúncula no dia 10 de março de 1905. O processo de reconhecimento está em fase inicial, e os familiares já estão em contato com representantes do Guiness Book no Brasil.
“Já temos a certidão de nascimento dela, que é um dos documentos exigidos, estamos aguardando outro documento para fazer o pedido oficial”, explicou o médico da família Juair de Abreu.
Atualmente, o título de pessoa mais velha do mundo pertence à freira brasileira Inah Canabarro Lucas, que tem 116 anos e nasceu no Rio Grande do Sul.
Dona Deolira teve oito filhos, dos quais três ainda estão vivos, incluindo Dona Ivani, que completa 90 anos ainda neste mês. A família é grande e reúne 17 netos, bisnetos e até tataranetos.
Para celebrar os 120 anos, a festa contou com muita comida e, claro, banda ao vivo, já que a aniversariante sempre foi apaixonada por música e carnaval. Segundo os familiares, ela costumava acompanhar os desfiles das escolas de samba pela televisão a noite inteira.
A longevidade de Dona Deolira despertou o interesse de pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-tronco da Universidade de São Paulo (USP), que buscam entender melhor os aspectos relacionados à vida da centenária.
“O Genoma-USP tem estudado centenários brasileiros com o objetivo de analisar e entender a contribuição da genética na longevidade e qualidade de vida”, explicou o doutor Mateus Vidigal, em entrevista ao g1 e à Inter TV em 2024.
O médico da família, Juair de Abreu Pereira, destacou que a saúde de Dona Deolira é surpreendente para a idade dela.
“Ela sempre teve uma alimentação equilibrada, o que contribuiu para uma boa deglutição e digestão. Além disso, mantém um sono de qualidade, essencial para a saúde cognitiva. Não apresenta comorbidades, como hipertensão (pressão alta) ou diabetes. Não faz uso de medicamentos e os últimos exames estavam bons”, explicou o profissional.
Agora, a família segue reunindo documentos e evidências para tentar garantir um espaço no Guiness Book e fazer história com a longevidade de Dona Deolira.
Por Lili Bustilho, g1