Sucesso na rede estadual, escolas interculturais se destacam no Ideb

As 27 escolas interculturais são um grande sucesso na rede estadual de ensino. Prova disso são os excelentes resultados que essas instituições conseguiram no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com notas acima da média. O projeto, implantado pela Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ), alia as disciplinas da matriz curricular aos conteúdos específicos em uma determinada língua estrangeira. Isso tudo graças a parcerias firmadas com consulados, embaixadas e institutos internacionais.

– Escolas como essas, de horário estendido, alcançam praticamente o dobro da nota das demais. Essas unidades se destacam, também, pelas oportunidades para o futuro dos jovens, seja de continuidade dos estudos ou de colocação no mercado de trabalho – destaca a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.

A ideia nas escolas interculturais é que os alunos aprendam tudo o que está disposto na Base Nacional Curricular brasileira e conteúdos relacionados ao país com o qual a escola tem parceria, além da língua nativa daquela nação. Cada escola busca ainda desenvolver uma área do conhecimento específica.

A intercultural de melhor desempenho no Ideb foi o Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Sousa – Intercultural Brasil-China, de Niterói. Com nota 5,2, acima da média nacional, a escola se destaca pelo trabalho realizado há anos por todo o corpo docente. A cultura oriental permeia o desenvolvimento das mais diversas atividades escolares.

– A gente faz um trabalho em conjunto com os professores, com os alunos, com a família. Eu acho isso muito importante para que dê certo. A gente resiste, e o nosso trabalho em conjunto, a nossa parceria faz com que a gente possa obter os melhores resultados. Acreditamos muito nos nossos alunos e nos nossos professores. Todo mundo trabalha com muito gosto, com amor. Somos uma escola muito unida, e esse é o nosso principal diferencial – comentou Flávia Mercante, diretora-adjunta da unidade.

Outra intercultural que se destacou na avaliação foi o Ciep 117 Carlos Drummond de Andrade – Intercultural Brasil-Estados Unidos, de Nova Iguaçu, que obteve média 5,1. Com muita interação e ações internas, como um informativo em inglês e até um projeto especial, em que a escola “fabrica” seus produtos de limpeza, como sabão, detergente e desinfetante, a unidade busca essa integração para alavancar o conhecimento de seus estudantes.

– A gente não fica no básico, não aceita o mínimo. Estimulamos nossos alunos a explorarem tudo que eles podem para adquirir um conhecimento, para desenvolver um raciocínio crítico, um cidadão mais consciente, e isso tudo se reflete nos resultados da escola. Segredo do sucesso, para mim, é o trabalho em equipe, da coordenação, da direção e do corpo docente da escola, porque aqui realmente todos os profissionais fazem acontecer – analisou a professora de Biologia Keli Sperandio, que desenvolve o projeto de fabricação dos produtos de limpeza.

O Ciep 218 Ministro Hermes Lima – Intercultural Brasil-Turquia, de Duque de Caxias, também foi muito bem na avaliação nacional, também com média 5,1. O diretor-geral Thiago Cerqueira credita este sucesso ao trabalho em equipe e à disposição de todos a aceitarem grandes objetivos. A escola tem até um excelente projeto sustentável: um barco movido a energia solar.

– O segredo desse sucesso é uma comunidade escolar que entende a importância da educação, que apoia o projeto e objetivos da equipe diretiva, com professores engajados e dispostos a desafios e inovação, conteúdos que preparem os alunos para os desafios do século 21, suas relações socioemocionais – enfatizou o diretor.

 

Programa Jovem Repórter

 

Neste ano, alunos das escolas interculturais participam ainda de uma ação muito especial, aproveitando a proposta pedagógica das unidades: o Programa Jovem Repórter G20. A iniciativa tem o objetivo de formar estudantes da rede estadual, que já têm no currículo o estudo de língua estrangeira e de culturas de outros países, para atuação em eventos do Governo do Estado e do próprio G20 como produtores de conteúdo para diversas mídias. Cobrindo estes acontecimentos como se fossem repórteres, eles aprenderão sobre os universos da comunicação e das relações internacionais.

– A educação pública me proporcionou ótimos momentos e participar do G20 como jovem repórter é uma experiência de vida. É sensacional ter essa oportunidade, ainda mais para nós, meninas pretas de periferia, que nunca nos imaginamos estar em uma posição dessa, participando de uma ação tão grande, ao lado de pessoas tão influentes. Agora que estou terminando meu Ensino Médio, percebo que sairei com muito, muito mais que isso. Essa educação que recebo no Ciep me fez cidadã, me fez chegar aonde estou, mesmo que esse seja apenas o início da minha jornada – afirmou a jovem Letícia Vieira, de 17 anos, aluna da 3ª série do Ensino Médio do Ciep 117 Carlos Drummond de Andrade – Intercultural Brasil-Estados Unidos.

As escolas interculturais têm uma proposta pedagógica clara, bem definida, desenvolvida de maneira dinâmica, prazerosa e que apoia a autonomia, a competência e a percepção de pertencimento dos estudantes, o que leva ao engajamento, à motivação e a não evasão. São verdadeiros “centros culturais”, portas de oportunidades para que os alunos sigam carreiras dentro e fora do país.

 

Fotos: Divulgação – Seeduc-RJ

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

 

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