Corretor de imóveis: Altos ganhos, flexibilidade e valorização profissional
Os corretores de imóveis têm muito a celebrar hoje (27/08), quando completam 62 anos de regulamentação profissional. A classe tem atraído novos profissionais, que chegam com perspectivas positivas e otimismo diante de um mercado composto por diversos segmentos e oportunidades. Mas você sabe exatamente no que e onde atuam esses profissionais?
Ele é indispensável e peça fundamental no assessoramento do cliente em todas as etapas de uma intermediação imobiliária, desde a captação do imóvel, passando pela análise documental até a concretização do negócio. Como profissional liberal, pode atuar por conta própria ou em imobiliárias, administradoras de imóveis, construtoras, incorporadoras ou até mesmo abrindo sua própria empresa. Diferentes segmentos, como compra e venda de avulsos ou lotes, lançamentos, avaliação imobiliária, leilão, administração e locação, entre outros, abrem um leque de oportunidades também em diferentes nichos de mercado.
Conheça o perfil e as condições da classe
Pesquisa efetuada pelo Conselho Federal dos Corretores de imóveis (sistema Cofeci-Creci), em parceria com o CIMI 360 (Congresso internacional do mercado imobiliário da América Latina) e Real Estate Intelligence (REI), demonstra que o grau de satisfação com a profissão subiu de 73% para 83% nos últimos 14 anos. Para 33% dos corretores entrevistados, a oportunidade de ganhar muito dinheiro é o principal fator que atrai as pessoas para a profissão, enquanto 11% entraram na área por iniciativa familiar.
A crença que o corretor ganha acima da média é verdadeira. Dados do primeiro trimestre de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua-IBGE) indicam um rendimento habitual médio real de R$ 3.222. De acordo com o levantamento do Cofeci, 90% dos profissionais recebem acima de R$ 3.422, sendo 19% considerados executivos imobiliários, ou seja, os que ocupam a posição entre os 5% mais ricos do país, com rendimentos superiores a R$ 10 mil reais mensais. O estudo também revelou o perfil da classe profissional. A maior parte dos corretores de imóveis tem entre 35 e 49 anos, e 62% são graduados em alguma especialidade. Dentre os que possuem graduação, administração e direito foram os cursos mais citados.
Contexto no estado do Rio de Janeiro
No estado do Rio de Janeiro, são cerca de 100 mil profissionais inscritos e quase 60 mil ativos. Em nível nacional, a classe ultrapassa a marca dos 600 mil. “Analisando os dados do nosso Conselho Federal, podemos entender a significativa representatividade do Rio de Janeiro dentro do sistema. Somos quase 100 mil em um universo de 600 mil em todo o país, sendo uma responsabilidade muito grande a nossa: fomentar a valorização profissional e garantir a segurança jurídica da sociedade em intermediações imobiliárias”, disse o presidente do Creci-RJ, Marcelo Moura.
De acordo com João Eduardo Correa, vice-presidente do Creci-RJ, é importante ressaltar que os ganhos do corretor de imóveis podem variar dependendo de fatores como a localidade em que atua, o tipo de imóvel e a experiência do profissional. “Os corretores cobram comissões que variam de 5% a 6% do valor da venda de um imóvel. Além disso, os que trabalham em imóveis de alto padrão ou em nichos específicos, podem ter um rendimento significativamente maior”, ressalta.
Para Heitor Kuser, CEO do CIMI360, esses números evidenciam a valorização da profissão no mercado imobiliário. “ Não se trata de vender imóveis, e sim mudar a vida das pessoas. As necessidades dos clientes mudam e novas tendências emergem. Com isso, cabe ao corretor se adaptar e oferecer soluções personalizadas na hora da consultoria, formalização de estratégias e facilitação do acesso à casa própria”, disse.
Atenção ao exercício legal da profissão!
É importante esclarecer que a profissão de corretor de imóveis é regulamentada pela Lei Federal nº 6.530, de 12 de maio de 1978. Para exercê-la é necessário concluir o Curso Técnico de Transações Imobiliárias (TTI) ou o Curso Superior de Gestão em Negócios Imobiliários. Após a conclusão do curso, o próximo passo é dar entrada nos trâmites de inscrição no Conselho.
Uma informação importante: só é de fato corretor de imóveis aquele que possui registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis de seu estado de origem. Uma pessoa que realiza a intermediação imobiliária sem o registro no Conselho está praticando o exercício ilegal da profissão.
O corretor de imóveis é o único profissional que transmite segurança jurídica para a sociedade em negociações imobiliárias