Empresa Americana fundado por brasileiros pretende fazer parceria com colônias de pescadores do Rio de Janeiro
Devido a busca dos consumidores por produtos cada vez mais sustentáveis, as empresas tem procurado expor a preocupação coma matéria-prima, com a produção, com os resíduos, com a durabilidade e vida útil da peça, com as pessoas que produzirão e com todos os impactos que os pós uso pode causar.
Representantes da empresa de calçados Kalp Wear, estiveram no Rio de Janeiro para visitar a colônia de pescadores Z8 – situada em São Gonçalo. A empresa produz sapatos com plástico reciclado e borra de café e tem como missão o reflorestamento de matas devastadas no Brasil.
De acordo com o empresário, Diego Klaus, empresa está usando plástico reciclado e transformando essa matéria prima em calçados para vender pro exterior e o objetivo da vista era pra ver de onde vem o plástico, saber como é feto processo de reciclagem.
Foi destacado pelos pesquisadores técnicos do projeto Águas da Guanabara que os materiais como sacolas plásticas, garrafas pet, pedaços de isopor, plásticos, chinelos, embalagens diversas, garrafas de vidro, pedaços de madeira e restos de tecidos e couro lideram o ranking de poluição da Baía de Guanabara.
Os primeiros sinais da poluição da Baía de Guanabara surgiram na década de 1960, fruto do desgaste ambiental causado pela ocupação desordenada do entorno do espelho d’água, com manchas de óleos nas praias.
“O objetivo dessa possível parceria, é buscar formas de ajudar as famílias de pescadores, pois eles têm que ser beneficiados do produto final, para assim, fechar a cadeia produtiva”, disse Klaus.
A empresa produz os tênis que são biodegradáveis e feitos com material 100 % reciclável. Por isso, a ideia de conhecer o trabalho do projeto “Águas da Guanabara’ da Federação dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro (FEPERJ).
“A ideia de procurar a FEPERJ, surgiu junto a sócia criadora do “Rio Coffee Nation, Martina Barth d’Avila, já que usamos também na produção dos calçados, borra de café. E lançaremos nosso tênis no evento em outubro. Saímos daqui com uma imagem linda dos pescadores, e com uma oportunidade magnifica para industrias que queiram vir pra o Rio, usar essa matéria prima retirada por eles dos mangues e encostas. Com esse acordo, mais de 200 famílias de pescadores vão ser beneficiadas”, afirmou o empresário.
Para o presidente da FEPERJ, Luís Cláudio Stabille Furtado, o ideal seria termos uma unidade da indústria de processamento aqui no Brasil, preferencialmente no Rio de Janeiro, junto aos pescadores.
“Em 30 dias os pescadores da colônia Z-8 em São Gonçalo, retiram pelo menos 22 toneladas de lixo flutuante e resíduos sólidos, encontrados na costa e manguezais da região. É imensurável a quantidade de plástico que ainda se encontram na região. Por isso essa parceria tem tudo para dar certo, além de beneficiar o meio ambiente, vamos também ajudar os pescadores,” explicou Luiz.
De acordo com a sócia criadora do Rio Coffee Nation, Martina d’Avila, toda borrasse café do evento, será doada.
“Nós sempre buscamos ações de sustentabilidade e proteção do meio ambiente. Descobrimos a Kalp e propomos uma parceria com o Rio Coffee Nation. Vamos doar toda borra de café do evento para eles e ano que vem teremos um produto exclusivo. E tendo conhecimento do projeto “Águas da Guanabara”, achamos fundamental fazer esta ponte”, ressalta Martina d’Avila.